Ryse: Son of Rome – Revisitando o jogo de lançamento do Xbox One
Ryse: Son of Rome foi meu primeiro jogo terminado em 2025. Tinha jogado lá no lançamento, parte do line up de lançamento do Xbox One, mas resolvi revisitar o jogo da produtora alemã Crytek uns dias atrás, pouco antes da virada do ano. Pretendo fazer isso com mais jogos de Xbox One e também de PlayStation 3 e Xbox 360 esse ano, por serem duas plataformas que aproveitei muito durante seus ciclos de vida, acumulei vários jogos e que guardam alguns tesouros interessantes.
No game, você acompanha a jornada de Marius Titus, um legionário romano que tem sua família assassinada por invasores bárbaros e viaja com sua Legião para a Bretanha em busca de vingança. Marius se torna líder dos soldados durante a guerra contra os bárbaros e aos poucos vai descobrindo quem são os verdadeiros inimigos de Roma.
Ryse é um jogo de ação, ridiculamente bonito e com mecânicas curiosas, que hoje, me fazem pensar em Hellblade II. Quando você abate um inimigo, rola um minigame com cores correspondendo aos botões do controle do Xbox. Acertando ou não a sequência, a vítima vai ter um fim horrível, mas você ganha bônus pela precisão dos acertos. Quando o jogo saiu, muita gente criticou o fato de que os golpes não falhavam. Acho que a turma esperava algo mais parecido com um hack’n’slash ao estilo Devil May Cry ou God of War. Afinal, mesmo um Quick Time Event tem uma resolução diferente caso o jogador erre o timing do comando.
Em Ryse, principalmente ao jogar numa dificuldade mais elevada, a precisão dos comandos ganha importância, pois vai garantir que você recupere vida ou foco (uma barra que ao ser consumida, deixa tudo em câmera lenta, providencial para eliminar inimigos mais chatos e resistentes), por exemplo. Isso também acontece nas dificuldades mais baixas, mas nelas nem chega a ser um elemento tão estratégico, dá para ir do começo ao fim recuperando a barra de vida.
O que mudou em Ryse: Son of Rome

A trama tem passagens em Roma e na Bretanha, momentos bem cinematográficos e é impossível não pensar no filme Gladiador e as cenas mirabolantes no Coliseu. Também rolam batalhas com Marius no comando de uma tropa de legionários, que no original, envolviam comandos de voz usando o Kinect. Era meio vergonha alheia para mim, mesmo jogando sozinho no sofá da sala. Hoje em dia, você pode dar esses comandos segurando um botão de ombro no controle. É menos ‘imersivo’, mas menos ‘cringe’ também!
Uma artimanha que descobri é que como o jogo é praticamente um título “legado”, uma outra polêmica do lançamento ficou para trás: antigamente, você podia acelerar sua evolução comprando créditos do jogo com dinheiro real. As microtransações ainda estão lá, mas os créditos são gratuitos. Então comprei muitas moedas além das que eu já tinha acumulado simplesmente jogando, sem gastar nada, e adquiri todas as melhorias possíveis, principalmente as várias execuções. Isso ajudou bastante a dar uma maior variedade para as partidas.
Uma coisa que acabou me incomodando nessa nova partida e que passou batido na primeira vez são os colecionáveis. Há vários tipos, incluindo crônicas, pergaminhos, vistas e por aí vai, que você encontra em cantinhos das belas fases do jogo. Só que como a campanha de Ryse é super cinematográfica, seja na história ou nas cenas de combate – as batalhas nas cavernas dos bárbaros, à luz do fogo, são de encher os olhos até hoje – eu acabava me sentindo meio desconectado daquilo ao parar tudo para perambular para lá e para cá, fuçando os cantos do mapa em busca de itens colecionáveis. Um detalhe que já me incomodava no lançamento e continua indesculpável hoje é o design de Boudica, a líder guerreira dos bárbaros bretões. Não falo sobre ela ser bonita ou não, mas o modelo do rosto e do cabelo da personagem são muito menos caprichados do que os de qualquer outro boneco do jogo!

O jogo também tem vários modos multiplayer que eu gostaria de jogar novamente, inclusive alguns que foram adicionados bem depois daqueles primeiros dias, como o modo Survival. Infelizmente, eles dependem do jogo ter uma comunidade ativa. Os servidores estão lá funcionando, mas ao menos quando eu tentei, não achei jogadores para iniciar nenhuma partida. Uma pena!
Enfim, Ryse: Son of Rome é um jogo bem legal e que está disponível atualmente para PC e consoles Xbox. O game produzido pela Crytek está incluso no Game Pass. A campanha é bem feita, com uma trama com começo, meio e fim, mas que deixa vários ganchos para uma continuação – quem sabe um dia a Microsoft olha para sua franquia de ação no Império Romano e resolve dar uma nova chance?
Eu joguei no Xbox Series X, mas o jogo também está disponível no Steam.
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